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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Borboletas para sempre.



Eu queria mais amor. Mais frio na barriga , mais vontade de te ver. Queria borboletas no estomago, queria gostar de você.
Sempre achei que eu era a que amava mais do que era amada. Sempre achei que dava demais e recebia pouco.
Não acho mais.
Parece que o sentimento vazou , saiu de fininho e não volta mais. Acabou a sintonia. Assim , do nada
.E então , começo a enxergar outros rostos , outros amores , outras cores. Aonde eu só via você. Aonde eu só via você , agora vejo outros. Outras possibilidades e imagino outras situações. Porque ? Porque isso agora ?
Ah , eu não sei a resposta.
Veio natural , como uma brisa do mar , assim do nada , simplesmente aconteceu, sem força sua , sem muita vontade minha . E vai embora do mesmo jeito que veio , assim serenamente.
Sem estardalhaço , sem dor de cabeça , sem choro nem vela. Só assim , foi embora e não volta mais .
Quase não precisa de declaração oficial de termino, nem precisa. Nem pra mim , nem pra você.  Não foi desgaste, não foi amor, não foi falta de tentar. Foi , só foi embora sem avisar.
Agora eu quero as tardes de domingo chuvoso com outro alguém ,quero filme de terror agarrando outro braço,quero fim de festa beijando outro.
 Queria mesmo , era  saber  compor musicas para cantar a alegria de ser livre. Queria cantar o mundo de possibilidades que me espera, queria descrever o que é liberdade.
Ah , se eu soubesse compor , comporia uma musica pra você , tão mais amigo que paixão , tão mais risos que tristeza , tão mais irmão do que amante. Me ensinou mais do jamais poderia imaginar  , aprendi a não atropelar. Aprendi o que é ser na paz . Mas faltou emoção.
Meu defeito  protuberante se mostra radical : Não sei viver sem drama , não sei viver só de alegria , porque sem tristeza , não parece que tem felicidade. Não sei viver com o igual , muito menos com o combinando , fica chato , fica monótono . Gosto de surpresa ,, do incerto, de ficar atônita.
Um dia , talvez , a segurança seja desejada por mim, mas , por enquanto , eu quero o incerto , o medo , o mistério . Quero frio na barriga e borboletas no estomago.
Quero muitos amores , quero muitos sabores . Quero sim , quero até eu encontrar o perfeito para mim . E então , não sei como , vou saber . E vou parar com a procura , porque as borboletas e o frio na barriga,vão ser eternos , para sempre , todos os dias brotando ao ver aquela mesma pessoa. 

Cristiana Drumond.