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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os monstros do lado de fora.


7 da manha de domingo . esboço um sorriso ao ver que estou acordada , espreguiço na cama . Os primeiros raios de sol entram pela minha janela , reviro e sinto a dor de cabeça que me acordou . Reclamações que sobem a minha mente causadas pela dor e pela ressaca . Doi tanto que não consigo ficar deitada . E do meu lado , não tem ninguém .
Não teve motivo , não teve um vicio , foi diversão . A noite densa , se você deixar , te leva e te engole , com todos os seus aglomerados, cores e sabores .
Ontem foi alegria , hoje eu lembro das tristezas .
Flashbacks de coisas que eu ouvi voltam a minha mente , coisas que joguei fora ontem , que devia deixar no lixo . Os meus pensamentos as vezes são maiores que a felicidade . Pobres de espírito são os críticos e os injustos , que fazem parecer que sua medíocre vida é melhor do que de um outro alguém . As  vezes os infelizes vêem alegrias onde não tem , vêem alegria no mal de alguém , julgam sem saber , machucam se perceber .Só quero que  deixe suas ilusões longe de mim , deixe sua perfeição montada e fingida longe do meu eu .
Ninguém exala felicidade do mesmo modo que ninguém exala tristeza , exalamos um misto dos dois .
Prometi a mim mesma que só ouviria comentários construtivos de quem realmente gosta de mim , jogaria fora as dissimulações que me fazem sentir mal ,todas as coisas que escutei de pessoas insinuando uma maior felicidade , insinuando ser melhor que eu , ou que qualquer outra pessoa .
As vezes martela com força , volta , e tenta atingir . Sai pra La monstros e inseguranças , sai pra La julgamentos desnecessários e dores implantadas . São  os monstros chamados carência e inveja que sai das outras bocas e atingem seu coração , cortando , dilacerando e matando tudo o que você sempre acreditou , que sempre amou, que sempre teve orgulho de ser .
Perseguem , abominam , fazem muita gente chorar. Eu aprendi que são coisas que vem da vida, que tem que conviver ,mas desmonstrar afaste quem te faz mal , quem não entende , que não percebe a profundidade da alma . Tem algo do lado de lá , tem algo apenas os especiais percebem , as vezes são pessoas que não tem nada aos olhos de uns , buscam sempre , qualquer coisa e não se deixam abalar.
 Me da cólera amizades falsas , interesses e bajulações, futilidades. Não quero mil amigos , quero um só , pra me fazer sentir bem quando um mostro comigo falar .  Pra guardar a dor dele pra me escutar , pra fazer o mesmo por ele e naturalmente , curar, duas dores de duas pessoas , de uma vez só .
Prefiro a dor ao nada , a solidão á traição.Prefiro o profundo ao aparente .
Não gosto de aparências porque elas enganam , porque fazem mal , porque são uma mentira. Gosto do intenso , quando há intensidade não a mentiras , não abre espaço para o fútil para o mundano .
Descobri que amadureci mais um pouco , quando percebi que eu prefiro o espiritual ao mundano , o amor ao dinheiro , o verdadeiro a fama e a aparência.
Minha nova política é deixar que falem e rezar, sempre agradecendo  e pedir força pra jogar fora mais de oitenta por cento do que entra pelos meus ouvidos e revira minhas entranhas.
Não mude por medo , não se prive por aparência , não se deixe atingir , não se deixa atingir , não sei deixe atingir é o que eu continuo repetindo, repetindo  e repetindo ....
No desespero , apenas tranque os monstros do lado de fora. 

Cristiana Drumond

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Carta ao Inimigo .


Afoga as magoas, agora nas águas, afoga as dores, estoure.
Eu queria não saber demonstrar a quem não merece. Os sentimentos abarrotam- me o corpo, consomem minha alma, fortalece ou enfraquece o espírito.
A mulher que chora por nada ,  garota do drama, a pobrezinha. Senta aqui do meu lado minha filha e vem ver vinha vida, vem ler a minha alma, o meu coração, antes de falar bobagem, vêm.
Você fez assim, por merecer, não fazer parte. Você quis assim, julgar pela aparência, você quis assim se fechar. Não transforme suas inseguranças em ódio por mim, ou por qualquer outro alguém. Luta ai que a vida é dura, e eu luto aqui. Já não brinco , já não me meto , faça o favor então, de me dar o seu respeito, Porque eu não te nego o meu. Mas é difícil ouvir você, escutar provocações e mentiras saída de uma boca que nada sabe que nada conhece.
Eu que sou a boba sentimentalista, que não guarda magoa, só desabafa neste texto. Escrevo pra não morrer sufocada, desolada.
Eu precisava hoje, de um abraço de certo alguém que não posso ter, de um consolo, de uma runa da paz
Eu sou tão fraca, que vejo pessoas ao meu redor se segurar, e eu não, desabamos, na frente do mundo, demonstro for fora, o estrago que estão fazendo por dentro.
Chega de perguntar se estou bem, chega de machucar e lamber a ferida depois chega também de se sentirem culpa por nada. A fraqueza é minha, e deixa que com ela lido eu, larga, esquece. Solidão é bom, solidão me cura.
Tola sou eu mesmo, que escrevo carta ao inimigo, apenas por escrever, para nunca mostrar. A carta do inimigo vira minha, é pra mim, para me afogar e ver que não preciso ver que apesar da melancolia, eu estou melhor agora, a tempestade passou, a brisa esta diminuindo, o sol, chegando cada vez mais perto.
Vou conhecer ainda, se é que já não conheci todo o tipo de pessoa. Carente, maldoso, bondoso, impiedoso, apaixonado, fechado demais, aberto de mais, sensacionalista, cruel. Não importa o tipo de pessoa, cada um tem um motivo pra ser o que é, e eu não conheço o seu. De todo o modo, chega de querer derrubar, eu não quero, eu sempre me levanto como uma fênix ergue-me das cinzas e nem demora muito tempo, mesmo que pareça uma eternidade.
Mas eu não te conheço leitor, eu não te conheço inimigo, eu não conheço puramente nem aos meus amigos. Conheço apenas a mim, e vejo, que não da pra continuar com uma inimizade, causada por conflitos de personalidade, de alma, de coração. Então eu vou fazer assim , um combinado comigo , eu te deixo pra lá , para nem nunca mais te olhar , acerto de contas , só existe no dia da morte , e é com alguém La em cima , não é com você , abre a mente e voa , abre a mente e me deixa na minha pequena runa da paz .

Criatiana Drumond